Eu sempre pensei que se estivesse dentro de
casa estaria segura de tudo e todos, mas vejo que não é bem assim.
-
recebi a mensagem o que aconteceu? – perguntou Kyle descendo rápido de seu
carro.
- é uma
longa historia Ky. – respondi – sabe onde fica o Palace’s Plaza?
- sei,
fica no caminho pra ca. – falou – vamos pra lá?
-
vamos. Só mais uma coisa. – eu me virei e joguei meu telefone no chão quebrando-o
em pedaçinhos – agora vamos.
Ele entrou no carro e eu entrei junto e
dirigiu bem rápido.
- eu
encontrei umas coisas. – falou lux ainda na forma humana.
- quem
é ela? – perguntou Kyle, já que nunca a tinha visto nessa forma.
- a lux
Kyle. – respondi – o que você encontrou?
- bem,
fui procurar uns livros, mas não tinha nada útil. Então quando revirei uma
prateleira eu encontrei isso. – ela me entregou uma folha velha e que estava em
outro idioma.
- o que
esta dizendo aqui? – perguntei, ela passou a mão sobre a folha e ela ficou
legível.
“Maldição do Diário:
Durante 300 anos pessoas vem se
prevenindo de qualquer tipo de feitiço ou maldição. Mas uma pessoa entre todo o
mundo será a escolhida pra carregar ate sua morte a pior maldição de todas: a
maldição do diário. Entre todas as pessoas do mundo só essa será condenada e
passar o resto de sua vida sofrendo. Não é como uma doença, por que em todos os
casos tem cura. A cura é como um sacrifício. A pessoa “doente” terá que
escolher alguém que ama e essa pessoa morrera em troca de sua cura”
-
L-lux. – gaguejei.
- eu
sei. É muito ruim. – falou – mas eu acho que tem outra cura.
- e se
não tiver?! – perguntei assustada.
- terá
que tomar uma decisão ou viver com isso. – falou tocando meu ombro – vai ficar
tudo bem. Eu preciso ir agora, ta?
- Ok,
Tchau Clarinha. – sussurrei.
Ela saiu mudando de forma de novo. Encolhi-me
no banco do carro e comecei a chorar em silencio. Kyle não dizia uma palavra se
quer. Só ficava quieto olhando pro nada. O que me dava pavor.
- Kyle,
estou com frio. – falei tocando sua mão de leve.
- toma.
–falou me dando sua jaqueta – Carol...
- hum?
– perguntei colocando a jaqueta quentinha.
- me
perdoa. Eu tinha prometido cuidar de você e olha agora. Sou um péssimo amigo. –
sussurrou me olhando nos olhos.
- não
você não é. Você é ótimo. É gentil, educado, inteligente e lindo. Ky, você é
perfeito e esta cuidando de mim agora. E eu estou ótima. – falei
tranqüilizando-o. – obrigado.
- se eu
fosse realmente tudo isso, estaríamos juntos. Não bom o suficiente, não pra
você. – falou ainda me olhando nos olhos.
- Ky...
Não é você o problema. Se passaram 4 anos. Eu fiquei sozinha e triste depois
que você partiu. O Christian e o Christopher foram meu porto seguro. Eu tive
que fazer um a escolher entre eles e isso foi muito ruim. Quando Você voltou
foi um choque pra mim, mas eu já amava o Christian mais do que tudo e meu
coração ficou divido, e esta ate hoje. – falei.
- isso
também Carol, mas o que dói mais e ficar perto de você. Receber abraços, beijos
na bochecha, sentir seu cheiro. Sem poder te tocar, te beijar, te chamar de
“amor” “princesa” ou outros apelidos carinhosos. Você esta aqui e não esta.
Aquele dia depois do nosso beijo no piquenique, você estava estranha e parecia estar
voltando a ser como antes, mas ai ele volta... – falou.
- me
desculpa Ky. Eu disse pra você que ia ser pra sempre e não cumpri. Nos teríamos
sido muito felizes juntos. Eu estraguei tudo. – falei triste.
- me
deixa te beijar. – pediu.
- mas
K-Kyle... – fui interrompida por seus lábios quentes tocando os meus como brasa
no gelo. Eu queria parar, mas ao mesmo tempo não. Eu passei um ano sem o Christian
e o tempo que passei com ele não contava como tempo exatamente. Ele me dava
abraços, beijos, declarações, presentes, mas nunca mais do que isso. Nunca estava
completo, mas eu o amava. E mesmo tendo que suportar isso por anos, não teria
problema, mas e o Kyle? Será que algo adormecido esta despertando?