quinta-feira, 7 de março de 2013

Capitulo 1: Madrugada tensa


Eu sempre pensei que se estivesse dentro de casa estaria segura de tudo e todos, mas vejo que não é bem assim.
 - recebi a mensagem o que aconteceu? – perguntou Kyle descendo rápido de seu carro.
 - é uma longa historia Ky. – respondi – sabe onde fica o Palace’s Plaza?
 - sei, fica no caminho pra ca. – falou – vamos pra lá?
 - vamos. Só mais uma coisa. – eu me virei e joguei meu telefone no chão quebrando-o em pedaçinhos – agora vamos.
Ele entrou no carro e eu entrei junto e dirigiu bem rápido.
 - eu encontrei umas coisas. – falou lux ainda na forma humana.
 - quem é ela? – perguntou Kyle, já que nunca a tinha visto nessa forma.
 - a lux Kyle. – respondi – o que você encontrou?
 - bem, fui procurar uns livros, mas não tinha nada útil. Então quando revirei uma prateleira eu encontrei isso. – ela me entregou uma folha velha e que estava em outro idioma.
 - o que esta dizendo aqui? – perguntei, ela passou a mão sobre a folha e ela ficou legível.
  “Maldição do Diário:
           Durante 300 anos pessoas vem se prevenindo de qualquer tipo de feitiço ou maldição. Mas uma pessoa entre todo o mundo será a escolhida pra carregar ate sua morte a pior maldição de todas: a maldição do diário. Entre todas as pessoas do mundo só essa será condenada e passar o resto de sua vida sofrendo. Não é como uma doença, por que em todos os casos tem cura. A cura é como um sacrifício. A pessoa “doente” terá que escolher alguém que ama e essa pessoa morrera em troca de sua cura
 - L-lux. – gaguejei.
 - eu sei. É muito ruim. – falou – mas eu acho que tem outra cura.
 - e se não tiver?! – perguntei assustada.
 - terá que tomar uma decisão ou viver com isso. – falou tocando meu ombro – vai ficar tudo bem. Eu preciso ir agora, ta?
 - Ok, Tchau Clarinha. – sussurrei.
Ela saiu mudando de forma de novo. Encolhi-me no banco do carro e comecei a chorar em silencio. Kyle não dizia uma palavra se quer. Só ficava quieto olhando pro nada. O que me dava pavor.
 - Kyle, estou com frio. – falei tocando sua mão de leve.
 - toma. –falou me dando sua jaqueta – Carol...
 - hum? – perguntei colocando a jaqueta quentinha.
 - me perdoa. Eu tinha prometido cuidar de você e olha agora. Sou um péssimo amigo. – sussurrou me olhando nos olhos.
 - não você não é. Você é ótimo. É gentil, educado, inteligente e lindo. Ky, você é perfeito e esta cuidando de mim agora. E eu estou ótima. – falei tranqüilizando-o. – obrigado.
 - se eu fosse realmente tudo isso, estaríamos juntos. Não bom o suficiente, não pra você. – falou ainda me olhando nos olhos.
 - Ky... Não é você o problema. Se passaram 4 anos. Eu fiquei sozinha e triste depois que você partiu. O Christian e o Christopher foram meu porto seguro. Eu tive que fazer um a escolher entre eles e isso foi muito ruim. Quando Você voltou foi um choque pra mim, mas eu já amava o Christian mais do que tudo e meu coração ficou divido, e esta ate hoje. – falei.
 - isso também Carol, mas o que dói mais e ficar perto de você. Receber abraços, beijos na bochecha, sentir seu cheiro. Sem poder te tocar, te beijar, te chamar de “amor” “princesa” ou outros apelidos carinhosos. Você esta aqui e não esta. Aquele dia depois do nosso beijo no piquenique, você estava estranha e parecia estar voltando a ser como antes, mas ai ele volta... – falou.
 - me desculpa Ky. Eu disse pra você que ia ser pra sempre e não cumpri. Nos teríamos sido muito felizes juntos. Eu estraguei tudo. – falei triste.
 - me deixa te beijar. – pediu.
 - mas K-Kyle... – fui interrompida por seus lábios quentes tocando os meus como brasa no gelo. Eu queria parar, mas ao mesmo tempo não. Eu passei um ano sem o Christian e o tempo que passei com ele não contava como tempo exatamente. Ele me dava abraços, beijos, declarações, presentes, mas nunca mais do que isso. Nunca estava completo, mas eu o amava. E mesmo tendo que suportar isso por anos, não teria problema, mas e o Kyle? Será que algo adormecido esta despertando?